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Política

Comando, ministérios e 2026: veja perguntas e respostas sobre a federação entre União e PP

Legendas decidiram se unir numa federação partidária, a União Progressista. Siglas são do Centrão e têm integrantes que apoiam Lula e parlamentares de oposição.

Evento de anúncio da federação entre União e PP — Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

O PP e o União Brasil formalizaram nesta terça-feira (29) em Brasília, em um ato no Congresso Nacional, uma federação partidária. Isto é, as duas legendas passarão a atuar de forma conjunta em nível nacional.

Em março, o PP já havia tomado a decisão de formar a aliança com o União Brasil. Nesta segunda (28), foi a vez de o União Brasil decidir aprovar a formação da federação partidária.

Com essa decisão, a federação União Progressista terá, por exemplo:

  • 109 deputados;
  • 14 senadores;
  • governadores;
  • 1,3 mil prefeitos.

As federações partidárias são um modelo de aliança que une duas ou mais siglas. Pelas regras, as legendas passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos.

Também deve haver alinhamento nas campanhas — ou seja, a federação deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente as candidaturas.

Um dos integrantes da federação, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que a federação vai “subir a rampa do Palácio do Planalto” em 2027.

Quem vai comandar a federação a partir da formalização?

O nome ainda não está definido. Desde que as conversas entre PP e União Brasil começaram, informações de bastidor no Congresso Nacional davam conta de que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) seria o presidente.

Entretanto, integrantes do União Brasil não aceitaram. Assim, a decisão das legendas passou a ser a definição de dois “copresidentes” em 2024: Ciro Nogueira (atual presidente do PP) e Antônio Rueda (presidente do União).

Segundo integrantes das legendas, a partir de 2025 a federação contará com um presidente, ainda a ser definido.

A federação vai ter ministérios no governo Lula?

Esse tema divide os caciques dos dois partidos. Ciro Nogueira, por exemplo, presidente do PP, defende publicamente que a legenda entregue o Ministério do Esporte, atualmente comandado por André Fufuca (PP-MA). A legenda também comanda a Caixa Econômica Federal.

Articuladores políticos do PP na Câmara, porém, dizem internamente ser contra a ideia de Ciro.

Alegam que, com o comando de um ministério, o partido tem trânsito com o Palácio do Planalto, tem parlamentares recebidos por ministros e consegue emendas e relatorias de projetos que interessam ao governo e têm apelo popular – a exemplo da proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

No União Brasil também há divisão sobre o partido comandar ministério. Interlocutores do deputado Pedro Lucas (União-MA), por exemplo, afirmam que ele “nunca” quis assumir o Ministério das Comunicações, mas, ao mesmo tempo, entende que o partido precisa integrar o primeiro escalão do governo Lula para garantir trânsito com o Palácio do Planalto.

Um dos nomes mais influentes do partido, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi quem indicou o atual ministro, Frederico Siqueira Filho, que assumiu a pasta após Pedro Lucas ter recusado o convite de Lula. O União ainda comanda outros ministérios e órgãos de segundo escalão.

A federação vai apoiar quem na eleição de 2026?

Não há definição, e o tema divide integrantes dos partidos.

Ao oficializar a federação, as legendas passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos e devem caminhar de forma unificada nas disputas, ou seja, definindo conjuntamente as candidaturas.

Em 2022, o PP de Ciro Nogueira apoiou a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já o União Brasil decidiu liberar os diretórios estaduais para apoiar o presidente Lula ou o ex-presidente Bolsonaro.

No entanto, para 2026, a federação vai precisar entrar em consenso sobre quem apoiar.

Em entrevista à GloboNews em março, o presidente do PP cravou que o partido não apoiará Lula para uma eventual reeleição em 2026.

“Eu acho muito difícil, impossível, que estes quatro partidos estejam com Lula na eleição de 2026. O meu, com certeza, não estará”, afirmou.

No União Brasil, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já se colocou como pré-candidato a presidente. Mas articuladores políticos da legenda no Congresso se dividem sobre apoiar Lula ou algum nome indicado por Bolsonaro.

Que valor a federação deve receber do fundo eleitoral?

A “superfederação”, como tem sido chamada por lideranças de outros partidos, terá direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral, do fundo público de financiamento de campanhas.

Se a federação estivesse valendo em 2024, as siglas teriam arrecadado quase R$ 1 bilhão em recursos públicos para as eleições.

Fonte: G1

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Arthur Vasquez

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Arthur Vasquez e conhecido por suas análises afiadas e seu estilo provocativo. Com uma escrita envolvente, ele aborda temas variados como política, economia, cultura pop e tecnologia, sempre trazendo um olhar crítico e original. Sua marca registrada é a combinação de humor sarcástico e dados bem fundamentados, o que o torna uma referência para leitores que buscam uma opinião diferenciada sobre os acontecimentos do momento.

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