RIO – A partir desta terça-feira, 3, a Petrobras vai reduzir seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 5,6%, segundo a estatal. O preço de venda passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro.
Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22/litro, uma queda de 7,3% Foto: Marcos De Paula/Estadão
O combustível estava há 328 dias sem reajuste. No fechamento do último dia 30, o preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras estava 3% acima do praticado no mercado internacional, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08/litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C.
Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22/litro, uma queda de 7,3%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60/litro, ou 17,5%.
Preço do petróleo
A redução de preços da Petrobras vem em um período em que os preços do petróleo estão bastante “comportados” no mercado internacional. Nesta segunda-feira, 2, os preços estão até em alta no mercado internacional – reflexo, entre outras coisas, das tensões sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, que teve fortes ataques de lado a lado neste fim de semana, às vésperas de uma negociação de paz realizada nesta segunda-feira, na Turquia.
Mesmo assim, os preços estão muito abaixo dos vistos até recentemente. Nesta segunda-feira, o preço do óleo tipo Brent era negociado no mercado internacional por US$ 65,06 o barril (alta de 3,6%), enquanto o óleo WTI estava cotado a US$ 63,10 (alta de 3,8%).
No sábado, 31, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou uma nova aceleração no ritmo de aumento na produção de petróleo do cartel.
Em julho, o grupo produzirá 411 mil barris por dia acima dos níveis observados em junho, elevação semelhante às feitas nos dois meses anteriores.
Na sexta, 30, os contratos futuros de petróleo haviam fechado em queda, encerrando a segunda semana consecutiva de perdas, enquanto o mercado esperava pela nova decisão sobre a produção da Opep+.
No fim de 2024, a organização havia decidido aumentar a produção de petróleo em 2,2 milhões de barris por dia a partir de abril de 2025, em um cronograma que terminaria no último trimestre de 2026.
A aceleração no aumento da produção ocorre em um momento de redução do preço da commodity, devido às incertezas globais. A Opep+ citou, porém, novamente no comunicado da decisão que o ajuste é feito por “perspectiva econômica global estável” e “fundamentos de mercado atualmente saudáveis”.
Fonte: Estadão
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